O QUE É ESSA DOENÇA?

Trata-se de uma doença viral, de alta contagiosidade, muito frequente em crianças, mas também pode acontecer em adultos. A doença mão-pé-boca (MPB) é caracterizada pelo aparecimento de vermelhidão ou feridas na boca e manchas ou “bolinhas” nas mãos e nos pés, mas que também pode ocorrer em outros locais do corpo.

COMO ELA OCORRE?

A doença MPB é causada por um vírus, denominado Coxsackie vírus A16 e, ocasionalmente por outros sorotipos como o enterovírus A71.

COMO É A TRANSMISSÃO?

Essa doença é altamente contagiosa, e a transmissão ocorre de pessoa a pessoa e indivíduos infectados podem transmitir o vírus nas fezes ou por secreções respiratórias, desde alguns dias antes do início dos sintomas, continuando a sua excreção nas fezes por semanas depois da infecção primária.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

Caracteriza-se por:

  • Febre
  • Dor à deglutição
  • Dor de garganta
  • Sinais de prostração, desânimo
  • Recusa alimentar
  • Vermelhidão, que surge após 3 a 6 dias da exposição ao vírus

As lesões localizam-se caracteristicamente na boca, com vesículas semelhantes às da estomatite, e nas mãos e pés sob a forma de pequenas bolhas. Podem ocorrer lesões na face, nas nádegas, nos joelhos e cotovelos.A complicação mais frequente é a desidratação, devido à dificuldade de ingerir líquidos.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico é essencialmente clínico, ou seja, precisa passar na consulta e através do exame físico o profissional médico dirá do que se trata. Não há necessidade de exames laboratoriais.

COMO É O TRATAMENTO?

A maioria das infecções por enterovírus é autolimitada, sendo o tratamento feito à base de sintomáticos, como analgésicos, antitérmicos e hidratação.

DEVO ME PREOCUPAR?

De modo geral, os pacientes afetados pela doença MPB apresentam sintomas leves ou são assintomáticos, porém em raros casos há relatos de manifestações mais graves.

COMO PREVENIR E CONTROLAR A DISSEMINAÇÃO DA DOENÇA?

A prevenção e o controle de disseminação da doença mão-pé-boca incluem a adoção de cuidados dentro dos domicílios e ambientes fechados sendo que algumas medidas podem ser adotadas, como:

  • Isolamento social no período agudo da doença;
  • Não permitir que crianças infectadas entrem em contato com outras crianças até o desaparecimento dos sintomas ou aproximadamente 7 dias;
  • Atenção dos responsáveis com as medidas de higiene pessoal, já que a excreção viral pode ocorrer nas fezes durante semanas – necessário se atentar a higiene principalmente após a troca de fraldas;
  • Não exposição de crianças menores de 5 anos em aglomerações públicas em épocas de surto.

Recomenda-se que gestantes e puérperas evitem contato com acometidos pela doença MPB. Mulheres que amamentam devem usar máscaras e higienizar mãos e os mamilos na hora da amamentação.

 

** Texto escrito pela aluna Fernanda Rodrigues Araújo, através do projeto de apadrinhamento da faculdade de medicina da Puccamp, e revisado por mim.

Fontes:

  • Tratado de pediatria Sociedade Brasileira de Pediatria – 4. ed. – Barueri, SP: Manole, 2017.
  • Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Infectologia e Departamento Científico de Dermatologia. Síndrome Mão-Pé-Boca. Porto Alegre: SBP, 2019.