Muitas famílias estão preocupadas com a alimentação de seus bebês e existe uma grande quantidade de mitos em torno desse assunto. Vamos esclarecer alguns deles!

Primeiramente, os principais mitos são em relação à amamentação exclusiva até os 6 meses. A realidade em relação a isso é que, se for feita de forma adequada, a amamentação exclusiva até esse período é o melhor para o bebê. Segundo a OMS, amamentar exclusivamente até os seis meses reduz em até 13% a mortalidade de crianças menores de cinco anos. Além disso, a amamentação protege contra doenças como diarreia, pneumonia e otite.

Outro mito: não oferecer ovo e peixe na introdução alimentar. Na verdade, o ideal é iniciá-los a partir dos seis meses. Os bebês que recebem esses alimentos logo nessa idade se adaptam melhor a eles e têm menor propensão a desenvolver doenças alérgicas.

Terceiro mito: não oferecer glúten a partir dos seis meses. A introdução do glúten não deve ser vista como um fator de risco para o desenvolvimento da doença celíaca e deve ser feita de forma gradual e em pequenas quantidades.

Quarto mito: o bebê deve comer alimentos somente na forma de papa, sopas e muito processados. Na verdade, o ideal é dar ao bebê uma variedade de alimentos, incluindo carnes, legumes e grãos e em diferentes texturas. É importante lembrar que o bebê ainda está em processo de aprendizagem e, por isso, deve experimentar vários sabores e texturas, com aumento gradativo da consistência.

Finalmente, outro mito importante é sobre o uso de chás e sucos antes dos 6 meses. O recomendado é não oferecer chás e sucos até pelo menos 1 ano de vida. Até os seis meses, se o bebê estiver em aleitamento materno exclusivo, não precisa nem de água!

Agora que você já sabe os principais mitos em torno da alimentação dos bebês, é importante que você compartilhe essa informação com as outras famílias. Assim, todos poderão ter uma alimentação saudável para seus pequenos!

Texto escrito pela aluna Fernanda Rodrigues Araújo, através do projeto de apadrinhamento da faculdade de medicina da Puccamp, e revisado por mim.

Fontes:

  • Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primaria à Saúde, Departamento de Promoção da Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019.
  • Guia prático de alimentação da criança de 0 a 5 anos – 2021. / Sociedade
    Brasileira de Pediatria