Semana passada tivemos um post no instagram falando sobre uma alteração na pele muito frequente: o prurigo estrófulo. Para continuarmos abordando o assunto pele da criança, hoje trouxe um pouco sobre a dermatite atópica!

A dermatite atópica é um dos tipos mais comuns de eczema, principalmente na infância, embora alguns casos possam ter início na vida adulta. É uma doença genética, crônica, onde a coceira e a pele seca são as principais características. Acomete principalmente as grandes dobras do corpo como braços, joelhos e pescoço. Geralmente, a dermatite atópica pode ser acompanhada de outras formas de alergia como asma, rinite ou conjuntivite, embora essas não precisem ocorrer ao mesmo tempo.

A característica principal da doença é a pele seca com coceira constante o que leva a ferimentos. O quadro é variável dependendo do tempo de doença e da gravidade, podemos encontrar áreas avermelhadas com ferimentos ou até áreas espessas, que surgem após períodos de coceira prolongada. Geralmente, trata-se de uma dermatose com recaídas frequentes, podendo haver intervalos de semanas, meses ou anos, entre uma crise e outra. Essa coceira intensa pode afetar o sono e o desempenho escolar, por isso é muito importante se atentar a isso na infância.

Embora não haja uma “cura” para a doença, existem muitas alternativas que melhoram e muito a vida da criança, assim como temos fatores que agravam a dermatite (e devem ser evitados), como por exemplo:

  • Sudorese excessiva (ambiente quente, variações repentinas de temperatura e roupas quentes).
  • Baixa umidade no ambiente (aumenta o ressecamento da pele).
  • Roupas de lã, tecidos sintéticos e ásperos (aumentam a coceira).
  • Banhos longos com água quente (ressecam a pele).
  • Uso de sabonetes em excesso associado ou não ao uso de buchas.
  • Situações de estresse (aumentam o prurido)

E para tratar? O que fazer?

Na maioria dos casos, o tratamento envolve o uso de medicamentos aplicados diretamente sobre a pele ou couro cabeludo da criança. Em algumas situações, são usados cremes com diferentes concentrações de esteroide para as áreas distintas da pele e para idades diferentes. Crianças devem utilizar corticosteroides de menor potência, pela sua capacidade de absorvê-los e causar problemas internos.

Nos casos mais graves, os pacientes poderão precisar de medicações orais, incluindo corticoides, imunossupressores, entre outros. Já em casos de complicações, como infecções secundárias, é indicado o uso de antibióticos. Mas lembre-se, esse tratamento vai ser instituído pelo pediatra do seu filho! A medicação indevida de crianças é algo muito perigoso e pode trazer mais males do que benefícios

Como saber se meu filho tem dermatite atópica?

O diagnóstico deve ser feito pelo médico, na qual a história e o exame físico são fundamentais. Os sintomas são basicamente os já explicados acima. As lesões variam desde bolinhas avermelhadas, que podem ter bolhas ou não, algumas que se unem, formando uma pele mais grossa no local. Em bebês é mais predominante no rosto (bochechas) e nas crianças, nas dobras de joelhos e cotovelos, na porção interna.