A obesidade infantil é um problema de saúde crescente e complexo, impactando milhões de crianças e adolescentes ao redor do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é definida como o acúmulo excessivo de gordura corporal, que pode trazer prejuízos à saúde. De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade de 2024, a prevalência de obesidade ou sobrepeso entre crianças e adolescentes era de 34% em 2020, afetando mais de 15 milhões de jovens.

  •  Fatores Contribuintes para a Obesidade Infantil

A obesidade infantil resulta de uma interação multifacetada entre fatores biológicos, ambientais, psicossociais, econômicos e comportamentais. Entre os principais fatores estão a má alimentação, a falta de atividade física, o ambiente familiar, e a influência da mídia. Essas variáveis podem se combinar de maneira complexa, exacerbando o risco de obesidade.

  • Consequências a Longo Prazo

O excesso de peso na infância está associado a várias consequências graves para a saúde. Problemas de crescimento, dificuldades respiratórias, diabetes e hipertensão são algumas das complicações comuns. Um estudo publicado na revista *Pediatrics* revelou que a obesidade na infância e adolescência aumenta significativamente as chances de desenvolver distúrbios hormonais, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP). Quanto mais tempo a criança permanece obesa, maior é o risco de complicações de saúde no futuro.

  •  Tipos de Obesidade

A obesidade pode ser classificada em exógena e endógena. A obesidade exógena, que é a mais comum, resulta de uma ingestão calórica excessiva em relação ao gasto energético. Já a obesidade endógena está relacionada a outras doenças, e seu tratamento exige a identificação e manejo da condição subjacente.

  •  Abordagens Terapêuticas e Preventivas

O tratamento da obesidade exógena envolve uma abordagem multifatorial, incluindo orientação alimentar, mudanças de hábitos de vida e aumento da atividade física. A intervenção precoce e a cooperação familiar são essenciais para o sucesso do tratamento. Embora existam várias opções terapêuticas, a prevenção é a estratégia mais eficaz. A conscientização e a adoção de hábitos saudáveis são cruciais para combater a obesidade infantil.

Abordar a obesidade infantil com seriedade e implementar medidas preventivas pode transformar a saúde de futuras gerações, garantindo um desenvolvimento saudável e equilibrado para todas as crianças. 

  •  Referências

– Damiani, D; Carvalho, DP; Oliveira, RG. Obesidade na Infância – Um Grande Desafio. *Pediatr. Mod.*, 2000.
– Campos, BTL; et al. Obesidade infantil na atualidade: fatores de risco e complicações futuras. *Revista Brasileira de Saúde*, 2023.
– Mello, ED de; Luft, VC; Meyer, F. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes? *Jornal de Pediatria*, 2004.

Texto escrito em conjunto com Giovanna Lamussi.

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Abraços,

Dra Mariana Manini – Pediatra 

CRM 91662

RQE 32926

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