No Brasil, o câncer é a primeira causa de morte por doença em crianças e adolescentes. Apesar disso, as técnicas de tratamento vêm se desenvolvendo de forma significativa, e o futuro é promissor.

 

Tipos mais comuns

 

As leucemias são o tipo de câncer com maior incidência em crianças. A doença é classificada por uma invasão da medula óssea por células anormais, e pode causar fraqueza, dores nos ossos e articulações, fadiga e sangramentos.

 

Certos tipos de leucemia podem progredir rapidamente, então é importante iniciar o tratamento assim que o diagnóstico for feito. Normalmente o método utilizado é a quimioterapia

 

Tumores no sistema nervoso central também têm alta taxa de incidência nessa faixa etária, sendo responsáveis por 26% dos casos. Existem vários tipos, e podem provocar uma série de sintomas como dores de cabeça, tontura, dificuldade em andar ou manipular objetos, náusea e visão turva, por exemplo.

 

Crianças também são afetadas com certa frequência por neuroblastomas, uma forma de câncer que se inicia ainda no embrião ou feto em desenvolvimento, variados tipos de linfomas, dentre outros.

 

Diagnóstico

 

Em alguns casos, o câncer infantil é de difícil detecção. Isso se deve ao fato de que muitas vezes os sintomas são confundidos com outras doenças, e também lesões comuns em crianças, como o aparecimento de hematomas. Além disso, crianças não estão sujeitas a fatores de risco comuns como tabagismo e consumo de álcool.

 

Por esse motivo, é importante que os pais ou responsáveis prestem bastante atenção na saúde da criança, e não minimizem queixas de sintomas. Com um diagnóstico precoce, a chance de sobrevivência é significativamente maior, além de trazer a possibilidade de tratamentos menos agressivos em certos casos.

 

Tratamento e qualidade de vida

 

Existem três principais tipos de tratamento: cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Como se trata de um grupo de doenças muito complexas, os tratamentos são feitos com uma equipe de profissionais de várias especialidades, que trabalham em conjunto para garantir a melhor abordagem para cada caso.

 

Alguns métodos, como a quimioterapia, impactam muito o organismo ,então é importante a utilização de tratamentos paliativos desde o início. Com o uso dessas medidas, o paciente passa pelo tratamento com menos sofrimento, e a perda de qualidade de vida é amenizada.

 

Além dos aspectos biológicos, é importante cuidar dos aspectos psicossociais do paciente para garantir seu bem-estar. Enfrentar esse tipo de doença é difícil, especialmente para crianças, então é imprescindível que a família ofereça todo o apoio e acolhimento necessário.

 

Após a cura

 

Atualmente, com um diagnóstico precoce e tratamento em centros especializados, cerca de 80% das crianças acometidas pelo câncer infantil são curadas. Mas mesmo depois de curado, o paciente ainda deve manter o acompanhamento na clínica de seguimento. Dessa forma, é possível detectar e tratar possíveis complicações futuras assim que possível.