A atresia de esôfago é uma rara malformação congênita que afeta o desenvolvimento do esôfago, o canal que conecta a boca ao estômago. Nessa condição, o esôfago da criança não se forma completamente, resultando em uma interrupção no trajeto entre a boca e o estômago, o que impede a alimentação adequada. Muitas vezes, a atresia de esôfago está associada a uma fístula traqueoesofágica, uma conexão anormal entre o esôfago e a traqueia, que pode levar a complicações respiratórias.

Quais são os sintomas?

Os sinais da atresia de esôfago costumam ser percebidos logo após o nascimento. Os principais sintomas incluem:

– Dificuldade em se alimentar;
– Salivação excessiva ou espuma na boca;
– Engasgos ou tosse durante as mamadas;
– Dificuldade para respirar;
– Distensão abdominal.

Como é feito o tratamento?

O tratamento da atresia de esôfago é cirúrgico e normalmente realizado nos primeiros dias de vida. O objetivo da cirurgia é reconectar as partes interrompidas do esôfago e corrigir a fístula traqueoesofágica, caso esteja presente.

Após a cirurgia, a criança requer cuidados especiais, com a equipe médica monitorando a cicatrização e a função do esôfago. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de uma sonda para alimentação temporária até que a criança esteja apta a se alimentar normalmente.

Possíveis complicações e cuidados a longo prazo

Mesmo após a cirurgia, algumas crianças podem enfrentar complicações como refluxo gastroesofágico, estenose (estreitamento) do esôfago e problemas respiratórios. O acompanhamento médico contínuo é essencial para garantir o desenvolvimento saudável e o manejo adequado de possíveis complicações.

Embora a atresia de esôfago seja uma condição séria, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, a maioria das crianças se recupera bem e pode ter uma vida normal. Se notar sinais de dificuldade para se alimentar ou respirar em seu bebê logo após o nascimento, procure atendimento médico imediato.

Sempre siga as orientações do pediatra para assegurar o melhor cuidado para seu filho!

Texto escrito em conjunto com Fernanda Araújo.
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Abraços,
Dra Mariana Manini – Pediatra 
CRM 91662
RQE 32926
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