Você sabe como ajudar seu filho a ser resiliente?
O conceito de resiliência é oposto ao de vulnerabilidade. A vulnerabilidade se refere à susceptibilidade individual a resultados negativos. Por outro lado, a resiliência é vista como uma característica individual que permite que as crianças reajam de maneira positiva e adaptada às mesmas situações estressantes ou necessidades urgentes do dia a dia.
A resiliência não é considerada um fator absoluto, mas sim relativo, podendo ser desenvolvida por meio de experiências positivas e do fortalecimento das características individuais. Nós podemos construir esse fator!
Um elemento crucial para o desenvolvimento dessas capacidades está relacionado à maneira como as famílias abordam os temas disciplina e organização. Isso inclui o gerenciamento das funções da criança durante as atividades, tanto escolares quanto domésticas e, sobretudo, sua postura diante de regras. O modelo parental mais propício para o crescimento integral da criança é aquele que combina autoridade e afeto.
Hoje vim trazer para vocês algumas dicas práticas de como estimular seu filho nas funções executivas e na promoção da resiliência:
1. Os cuidadores das crianças devem estar bem! Assim, é necessário proporcionar oportunidades para pais e substitutos cuidarem de seu bem-estar através do autocuidado, apoio social e tempo para descanso. Inserir práticas saudáveis nas rotinas familiares é crucial.
2. Educação positiva também é sobre limites: os cuidadores devem sempre estabelecer limites, mas de forma empática e objetiva, reconhecendo que o não cumprimento pode estar relacionado a fatores como desatenção ou sobrecarga na memória operacional.
3. Seu filho deve confiar em você. É essencial garantir a proteção da criança e estimular a comunicação em situações de ameaça.
4. Informe a criança sobre situações estressoras de forma adequada à idade, destacando as medidas adotadas pela família. Não tente esconder tudo da criança e nem exponha o que não é adequado para ela.
5. É necessário estimular a autonomia da criança, promovendo atividades que desenvolvam a autoeficácia e enfatizando sentimentos positivos.
6. E por fim, sempre buscar ajuda profissional diante de alterações emocionais persistentes. Se atente ao comportamento do seu filho, preste atenção nos seus aspectos físicos, mas também emocionais.
Desenvolver resiliência e funções executivas na prática envolve exemplos positivos, ensino da identificação de sentimentos, treinamento do controle inibitório, capacitação dos pais em resolução de conflitos, treinamento de planejamento e organização, entre outras estratégias. Como pediatra, saibam que podem contar comigo para o desenvolvimento saudável do seu filho e para te auxiliar a realizar essas funções!
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